26 de jan. de 2011

Perigos da complacência

Perigos da complacência

Para vencer os desafios da competitividade globalizada, uma empresa só pode ter em seus quadros pessoas excelentes, com obsessão pela qualidade, obsessão pela excelência. Não dá para vencer com pessoas “mais ou menos”.
E nos, brasileiros, temos um grande defeito. Somos excessivamente complacentes com pessoas que não são excelentes. Somos excessivamente complacentes com quem não agrega valores a nossa empresa. Somos “bonzinhos” e complacentes com pessoas que não querem vencer, que não querem crescer, que não querem se desenvolver pessoal e profissionalmente.
E assim, nossas empresas estão cheias de pessoas pouco excelentes. E nada ou pouco fazemos pra nos livrarmos delas. Ouço com freqüência, empresas, diretores, gerentes, supervisores que me dizem: “-minha telefonista e um horror!”. E eu respondo: “-mais ela continua lá”. E sempre vem uma resposta do tipo: “-ela começou comigo faz muitos anos…” ou ainda “-ela tem cinco filhos, mora longe…” ou ainda pior “-foi um vereador amigo meu que a indicou…”. E assim vamos mantendo pessoas de baixa qualidade em nossa empresa! É o vendedor ruim – que não vende e ainda fala mal de nossa empresa. É o balconista mal educado que trata mal nossos clientes. É o motorista desleixado que não cuida do veiculo e ainda reclama o tempo todo, etc. etc..
É claro que temos que tentar elevar as pessoas, treiná-las, fazê-las ver a sua responsabilidade com a empresa. Mais não podemos passar a vida inteira carregando pessoas incompetentes em nossa empresa. Quem mantém pessoas de baixa qualidade na empresa esta fazendo cortesia com o emprego dos outros. Não será somente aquela pessoa quem perdera o emprego. Todos perderão porque com pessoas pouco excelentes, com certeza, a empresa não sobrevivera nestes tempos de competição brutal no mercado.
A complacência com quem não é excelente é um mal que tem trazido conseqüências danosas para as empresas. E muitas vezes, somos complacentes com a baixa qualidade das pessoas por pura preguiça. Preguiça de recrutar e selecionar uma nova pessoa. Preguiça de treinar; preguiça de corrigir comportamento e atitudes. E a verdade é que quase sempre essa preguiça vem disfarçada de comentários do tipo: “-não adianta trocar de pessoa – hoje ninguém presta mesmo!” ou ainda “-só vamos trocar de defeito. Este tem um defeito, a outra tem outros e tudo acaba na mesma…”.
E assim, vamos ficando com pessoas incompetentes e de baixa qualidade em nossa empresa.
É preciso acabar com o conformismo da complacência aos que não são excelentes. É preciso treinar, treinar e treinar. É preciso exigir comportamento de alta qualidade. É preciso exigir de nossos colaboradores a atenção aos detalhes e o follow-up que farão a diferença para nossos clientes.
E quando percebermos que alguém em nosso grupo não esta disposto ou disponível para empreender a mudança para a qualidade e para a excelência, devemos simplesmente dispensar esse colaborador ou colaboradora. Sei que recrutar e selecionar pessoas excelentes é uma tarefa penosa, demorada, exige comprometimento, busca, contatos, tempo. Sei que pessoas excelentes são mais exigentes e exigirão de nós melhor tratamento, melhores condições de trabalho, etc. mais, acredite, não nos resta alternativa. Ou temos conosco pessoas excelentes ou morreremos como empresa, mais cedo ou mais tarde.
A complacência é, portanto, fatal. Quando perceber a desídia, a falta de comprometimento, o descaso, o descuido dos detalhes, a falta de compromisso em terminar as tarefas iniciadas, o dirigentes deve imediatamente chamar a atenção e exigir de seus subordinados a excelência. O dirigente empresarial, hoje, não pode aceitar e ficar inerte frente a situações que comprometem o futuro da empresa, da marca, do negocio. A complacência com a baixa qualidade e qualificação de nossos colaboradores significara aceitar a derrota por antecipação. E para derrotados nenhuma explicação salva, nenhuma desculpa compensa, nenhuma complacência justifica.

(Luiz Martins)

         Jonny Dias
obreiro evangelista aes

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