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Chama vermelha: pó de carvão
Chama amarela-violeta: farinha
Chama amarela: sal de cozinha
Chama azul: enxofre em pó ( + )
Chama verde: sulfato de cobre (CuSO4) ( + )
Chama fucsia: cloreto de litio (LiCl )
Chama laranja: cloreto de calcio (CaCl+)
Chama verde: cloreto de bario (BaCl2)
Chama verde: acido borico
Chama verde-esmeralda: sulfato de cobre
Chama violeta: nitrato de potassio
Chama azul & vermelha: cloreto de potássio
Lider ao Extremo
12 de set. de 2014
10 de set. de 2014
A HISTORIA DE GUTEMBERG
GUTEMBERG
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
1400-1468
Um ourives curioso e intelectual inventa na Idade Média a prensa
tipográfica, porta para o moderno mundo da difusão do conhecimento.
O ano do
nascimento é incerto. De sua vida pouco se sabe, pois são raros os documentos que contam sua história. Nem
poderia mesmo haver um extenso registro escrito sobre um homem que viveu na
Idade Média, quando ler e escrever era privilégio de minorias, ainda que ele
fosse o responsável por uma invenção que tornou a palavra escrita acessível a
todos e assim ditou os caminhos por onde passaria a cultura humana. Afinal,
somente depois que Johannes Gutenberg inventou a prensa tipográfica, as
informações e o conhecimento começaram a ser divulgados de forma sistemática.
Seu invento permaneceu o mesmo praticamente por quatro séculos. Hoje, ainda que
ultrapassado tecnologicamente, sobrevive enquanto idéia, sempre onde houver
palavras impressas sobre papel.
Johannes
Gensfleisch nasceu entre 1395 e 1400 em Mainz,
às margens do Reno, no coração da Alemanha.
Conhecido por Gutenberg, o sobrenome de sua mãe, era filho de uma família de burgueses, uma classe que
despertava na estrutura social da época, prosperando no comércio e nas
incipientes indústrias. Na Alemanha daqueles tempos de ocaso medieval, a
burguesia já ousava contestar o poder dos nobres - e a contestação se dava por
disputas armadas. Mas a infância e a adolescência de Gutenberg transcorreram em
tempos de trégua e paz. Por volta de seus 20
anos, porém, novas disputas entre nobres e burgueses o forçaram a deixar a
já não tão pacata cidade natal e o jovem culto e bem-educado foi parar em Estrasburgo, cidade na fronteira
franco-alemã, que viria a fazer parte da França.
Interessado
pelas ciências e pelas artes,
Gutenberg gostava também de pedras
preciosas e delas fez seu ofício, tornando-se joalheiro e ourives. Em 1437, em plena atividade, em
Estrasburgo, foi chamado à Justiça
por uma senhorita de nome Ana Isernen
Thur. Motivo: Gutenberg lhe havia prometido casamento e a moça resolveu cobrar a
promessa. O ourives não fugiu ao compromisso e casou-se com Ana. Empobrecido,
Gutenberg se ocupava da feitura de finas
jóias, mas não podia fazer o que adorava
- ler e estudar. Os livros confeccionados a mão eram caros demais e
Gutenberg não tinha condições de pagar por eles.
Naquela época, copiar um
livro era um trabalho fenomenal. Levava tanto tempo que só os monges nos conventos podiam passar
dias executando essa tarefa - em latim, é claro. Por isso, os assuntos das obras eram quase sempre religiosos. O
gênio inventivo, mas carente de recursos, de Gutenberg não se conformava e
imaginava um meio de produzir grandes quantidades de livros de forma muito mais
rápida, para que qualquer pessoa alfabetizada pudesse ler sobre qualquer
assunto. A impressão propriamente dita
já existia; ele só teve de usar a cabeça para juntar várias técnicas e criar a
imprensa - algo tão simples quanto o ovo em pé, de Colombo.
A história da impressão sobre papel começara na China, no final
do século II da era cristã. Os chineses sabiam fabricar papel, tinta e usar
placas de mármore com o texto entalhado como matriz. Quatro séculos depois,
o mármore foi trocado por um material mais fácil de ser trabalhado, o bloco de
madeira. Os mais antigos textos impressos que se conhecem são orações budistas.
Foram feitos no Japão entre os anos 764 e 770; o primeiro livro propriamente
dito de que se tem notícia apareceu na China em 868. O desenvolvimento da
escrita deu novo salto no século XI graças a um alquimista chinês, Pi Cheng,
que inventou algo parecido com tipos móveis - letras reutilizáveis, agrupadas
para formar textos.
Mas por
alguma razão ignorada o invento não prosperou e desapareceu junto com seu
inventor. Até essa época, a Europa só conhecia
da tipografia o papel. No século VIII, os chineses começaram a distribuí-lo
como mercadoria no mundo árabe. A técnica de fabricação foi revelada aos árabes
por prisioneiros chineses. Daí até o século XIII as usinas de papel
proliferaram de Bagdá, no atual Iraque, à Espanha, então sob domínio mouro. Mas
o manual de instruções não veio junto - ou seja, o processo tipográfico
permaneceu firmemente guardado em mãos chinesas. Somente no fim do século XIV
se desenvolveram por ali a xilografia, impressão com matriz de madeira, e a
metalografia, com matriz de metal. Um rudimento de impressão de textos por
xilografia apareceu com um holandês de nome Laurens Coster, mas a qualidade
final era tão ruim que a inovação virou letra morta.
Tal qual
os chineses, a Europa já conhecia no princípio do século XV o papel, a tinta e
a matriz. Faltava apenas uma idéia por assim dizer luminosa que juntasse isso
tudo num só equipamento. É quando entra em cena Johannes Gutenberg, o ourives culto e curioso. Ao que consta, as primeiras idéias
sobre imprensa lhe ocorreram quando observava
um anel com o qual os nobres selavam documentos, neles imprimindo o brasão da
família. Esse anel tinha o brasão escavado em metal ou pedra preciosa e deixava
uma impressão em alto-relevo sobre o lacre quente. Gutenberg achou que o mesmo
princípio serviria para imprimir letras, mas logo viu que o método deveria
ser posto de cabeça para baixo: em vez de escavada num bloco de madeira, a
parte que serviria para imprimir deveria ficar em alto-relevo.
Foi assim
que ele imprimiu várias imagens de São Cristóvão e, como bom católico, as
levou ao bispo de Estrasburgo. O bispo não podia imaginar como o ourives
conseguira tantas imagens iguais, já que seus monges levavam muito tempo para
desenhar apenas uma. Gutenberg, fazendo
segredo de seu invento, saiu da conversa carregado de encomendas de imagens
religiosas, solicitadas por sua excelência reverendíssima. Mas seu alvo continuava sendo imprimir uma
página inteira. Para tanto, obteve do bispo um livro emprestado e entalhou
uma página na madeira. Obviamente, as palavras saíram ao contrário, um
contratempo que naturalmente não acontecia com as imagens dos santos.
Como era apenas uma questão de inverter os termos do problema, esculpiu as letras ao contrário na madeira
- e deu certo. Gutenberg logo percebeu, porém, que esculpir página por
página um livro em placas de madeira era um trabalho descomunal. Pensou então em cunhar as letras
separadamente, primeiro em madeira depois em chumbo fundido. Inventou uma forma
que pudesse segurar os tipos juntos para compor uma página. Fabricou ainda
tintas e escovas próprias para espalhá-las sobre os tipos. Até aí seu
trabalho se equiparava ao dos chineses de séculos atrás. Faltava o pulo-do-gato
— tornar o processo mecânico, para
imprimir mais rápido e com melhor qualidade do que a mão.
Gutenberg desatou o nó: adaptou
uma prensa que servia para produzir vinhos. O mecanismo consistia em um
suporte fixo e uma parte superior móvel em forma de parafuso. A fôrma com os
tipos unidos era colocada sobre o suporte, recebia uma camada de tinta e por
cima a folha de papel. A parte superior era depois movida para baixo,
pressionando o papel contra os tipos. Estava inventada a impressão tipográfica,
uma tecnologia que sobreviveria com poucas modificações até o século XIX. Mas,
então, havia muito que deixara de ser apenas um aparato para produzir cópias
com rapidez. O invento de Gutenberg fizera desabar sobre uma Europa em mutação
social, econômica e religiosa a idéia da difusão do conhecimento. Foi mais
lenha na fogueira da efervescência cultural que acabaria por consumir a Idade
Média.
A
invenção da imprensa na aurora dessa época também de grandes descobertas foi
metade causa, metade efeito do movimento de transformações pelas quais passava o mundo europeu.
O continente assistia ao nascimento da burguesia mercantil como ator político,
buscando desalojar a aristocracia rural do centro das decisões. No campo das
idéias religiosas, eclodia a crise que levaria à Reforma protestante. A
disseminação dos protestos de Lutero, na escala que ocorreu, só foi possível
graças ao invento daquele outro alemão dado à ourivesaría. A curiosidade
intelectual já tinha levado à criação das primeiras universidades, no século
XII, e apontava agora na direção de se recuperar o conhecimento humano
proveniente de qualquer fonte, como as obras dos antigos gregos e romanos,
familiares apenas aos doutores da Igreja.
A sociedade em que vivia Gutenberg passava por um crescimento
populacional comparável ao aumento da produtividade na indústria e no comércio.
Na Idade Média descobriu-se a pólvora, o relógio mecânico, aperfeiçoou-se a
navegação a vela, que levaria os europeus a novos mundos. A Itália florescia em pleno Renascimento,
irradiando a Europa com um desejo de enriquecimento cultural e civilização mais
dinâmica. Só faltava colocar todas essas idéias no papel.
Foi o que fez Gutenberg. Os livros impressos com sua invenção
disseminaram o hábito de ler e escrever e deixaram a cultura ao alcance das
novas classes sociais, cujo poderio deitava raízes nas cidades. Como a vida de Johannes
Gutenberg passou quase sem registro, a data da invenção da prensa tipográfica é
igualmente incerta. Tudo o que se sabe do inventor é o que consta de documentos
comerciais ou judiciários. Mas esses poucos papéis permitiram deduzir que,
durante suas pesquisas sobre tipografia em Estrasburgo, ele gastou todo o
dinheiro antes que chegasse a produzir qualquer coisa que lhe proporcionasse
uma renda. Por volta de 1438, formou uma sociedade com três burgueses da
cidade, Andreas Dritzehn, Hans Riffe e Andreas Heilmann. Gutenberg já tinha
então construído sua prensa, um segredo que guardava a sete chaves. Começou
publicando folhetos e livretos religiosos, mas a morte de Dritzehn naquele
mesmo ano lhe trouxe problemas com a Justiça.
Os irmãos de Dritzehn processaram Gutenberg porque queriam herdar
o direito de entrar na sociedade. Perderam a causa. Foi nos documentos desse
processo que apareceram os primeiros registros do invento. A publicação dos
livretos religiosos, que Gutenberg vendia como se fossem manuscritos, continuou
por algum tempo, até que a bancarrota total o levou de volta à cidade natal de
Mainz. Provavelmente já estava ali quando imprimiu o Weltgeritch (Juízo do
mundo), um poema alemão anônimo, considerado o mais antigo testemunho da
tipografia européia, do qual sobrou apenas uma página. Em 1448, portanto com
cerca de 50 anos, Gutenberg conseguiu o patrocínio de um financiador chamado
Johann Fust, a quem confiou o segredo da invenção, para imprimir seu primeiro
livro. Fust investiu no trabalho de Gutenberg 800 florins, soma considerável na
época. Dois anos depois, mais 800 florins saíram do bolso de Fust para a mão de
Gutenberg, mas a conta cobrada foi amarga.
Gutenberg trabalhava com auxílio de Peter Schöffer, um artesão de
tipos tão bom quanto ele próprio. Em 1455, como o livro não estivesse pronto,
Fust cobrou judicialmente a devolução do financiamento. Gutenberg tentou
imprimir às pressas as Cartas de indulgência do papa Nicolau V, de venda
rápida, mas não escapou à falência. A oficina de impressão caiu nas mãos de
Fust e Schöffer, que por volta de 1456 publicaram o primeiro livro impresso: a
chamada Bíblia de 42 linhas, obra de 642 páginas, com tiragem de duzentos
exemplares. Tinha esse nome porque cada uma das duas colunas em suas páginas
tinha 42 linhas. Saiu sem data nem local ou nome dos impressores. Era,
oficialmente, a Bíblia de Fust. Mas, fazendo justiça ao seu verdadeiro autor,
foi apelidada de "Bíblia de
Gutenberg".
Johann Fust e Peter Schöffer, que
viria a se tornar seu genro, publicaram um ano depois o primeiro livro com
indicação de data, local de edição e impressores, o Saltério latino, uma versão
dos salmos do Antigo Testamento. Fust parecia ter a noção de que o invento em seu poder era
fantástico - ele fazia seus empregados jurar sobre a Bíblia que não revelariam
a ninguém os segredos da impressão e mantinha-os sob algo próximo a um cárcere
privado. O pobre e desonrado Gutenberg, por sua vez só escapou da ruína total
graças à proteção de um generoso funcionário municipal de Mainz, Konrad Humery
que lhe proporcionou os meios de montar outra oficina de impressão.
Não se sabe ao certo se Gutenberg deu continuidade ao seu
trabalho. Acredita-se que tenha imprimido ainda o Catholicon, do frade Johannes
Balbus, e uma Bíblia de 36 linhas. Mas a autoria da impressão dessas duas
obras, principalmente a da Bíblia, é duvidosa, pois são de qualidade inferior à
que Gutenberg já alcançara. Em 1462, Gutenberg voltou a Estrasburgo para fugir
de novas guerras em Mainz.
Três anos depois, ele regressaria à terra natal sob a
proteção do arcebispo Adolfo II, que ainda por cima lhe proporcionou uma
pensão, garantindo roupas, comida e vinho. Em fevereiro de 1468, com aproximadamente 70 anos, o inventor da
prensa tipográfica morreu.
A desavença com Johann Fust quase
custara a Gutenberg a paternidade de seu invento. A Bíblia de 42 linhas saiu
sem créditos e o Saltério,que usava a mesma técnica, levava apenas o crédito de
Fust e Schöffer. A escassa documentação
poderia deixar obscuro também esse ponto em sua vida, não fosse o esforço de alguns
contemporâneos, como o padre Adam
Gelthus, que fez inscrever no túmulo de Gutenberg: "O inventor da arte de
imprimir". O próprio neto de
Fust e filho de Schöffer, Johannes, eliminou
as dúvidas ao escrever na dedicatória de um livro ao imperador Maximiliano, em
1505, ter sido a arte da tipografia inventada em Mainz "pelo engenhoso
Johannes Gutenberg".
O oitavo e décimo mandamento é bem claro nestas questões da vida
social: “Não roubarás”, e “Não cobiçarás o que é de teu próximo”.
Estas duas leis valem para qualquer ramo
da vida. No econômico, religioso, social e pessoal. Eu não devo roubar o
dízimo de Deus, não devo roubar o dinheiro de meu patrão, os bens de meu
vizinho, a mulher de um desconhecido, assim como não devo roubar o prestígio de
um amigo de profissão, ao aplausos e congratulações que outro merece. Isto é
muito comum nas empresas: alguém levar a fama pelo trabalho de outro. Temos de
aprender que tudo o que roubamos de
outros não fará bem para nós; apenas nos destruirá. Por isto, seja sincero,
sempre. Se o seu professor o congratular por um trabalho que não é seu, recuse
tal prêmio. Jamais “cole” nas provas. Nunca construa sua carreira “nos ombros”
dos outros. Não roube a glória de alguém. Se escrever um livro, fizer uma
canção, assuma o que usou de outros. Seja sincero. Isto valerá a pena.
FONTE- SUPERINTERESSANTE, SETEMBRO DE 1989.
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